terça-feira, 15 de setembro de 2015

Primeiro CineOcupa na Vila Esperança, Calafate, neste dia 19/09 às 19h


ATENÇÃO COMUNIDADE DO CALAFATE!

Neste sábado, dia 19 de setembro, realizaremos o primeiro CineOcupa da Vila Esperança com o filme “Uma História de Amor e Fúria”, às 19h, no final da rua Bimbarra, e toda a comunidade está convidada!

O CineOcupa é uma atividade que a FTA (Frente Terra e Autonomia) constrói junto às comunidades em que ela atua. Venha com sua família para o primeiro cinema comunitário da Vila!

 A proposta é assistirmos o filme, fazermos um debate e já marcarmos o próximo.

Autonomia Popular, Cultura Popular!

FRENTE TERRA E AUTONOMIA

quarta-feira, 24 de junho de 2015

[Resistência Popular-MT] Nota de solidariedade da RP do Mato Grosso às ocupações da Izidora

#ResisteIzidora!

As companheiras e companheiros da Resistência Popular do Mato Grosso manifestam apoio e solidariedade à justa luta e resistência das milhares de famílias da Izidora!

Rodear de solidariedade as e os que lutam!

CLIQUE PARA AMPLIAR

Facebook da RP-MT: https://www.facebook.com/ResistenciaPopularMT

#DespejoZero! #ResisteIzidora!

domingo, 21 de junho de 2015

Nota da FTA sobre a situação da Izidora, a escalada repressiva do governo Pimentel e as mentiras da mídia. Um chamado de solidariedade, não ao Despejo!


A Frente Terra e Autonomia vem a público demonstrar seu repúdio absoluto às práticas brutais e antidemocráticas do governo do PT (Partido dos Trabalhadores), através do governador Fernando Pimentel, contra as moradoras e moradores das ocupações da Izidora - Rosa Leão, Vitória e Esperança, em todo o processo de "negociação", na repressão do dia 19 de junho e na ameaça de um massacre a ser realizado.

CONTEXTUALIZAÇÃO: A QUESTÃO DA IZIDORA, AS PROMESSAS DE GOVERNO, A MESA DE NEGOCIAÇÃO E OS PODERES ECONÔMICO E ESTATAL

O então candidato a governador do estado Fernando Pimentel selou aliança com os movimentos sociais a partir da garantia da existência de espaços democráticos de negociação visando amenizar o drama do déficit habitacional em Minas Gerais sob a égide do lema “despejo zero”. No entanto, o agora eleito governador Fernando Pimentel, ainda que tendo instituído uma mesa de negociação entre os movimentos sociais, os moradores de ocupação, os empresários e o próprio governo tem se mostrado não um homem público preocupado com os direitos das cidadãs e cidadãos e principalmente as pessoas mais empobrecidas pelo capitalismo mas mais um facínora defensor daqueles que defendem o lucro e não a vida.

domingo, 14 de junho de 2015

Realizado o 1º Congresso da Frente Terra e Autonomia

Belo Horizonte, junho de 2015

Nos últimos meses de abril e maio de 2015 a Frente Terra e Autonomia realizou o seu Primeiro Congresso na cidade de Belo Horizonte, MG. Depois de pouco mais de um ano de existência, lado a lado com a luta das ocupações urbanas da Região Metropolitana – especialmente a Ocupação Guarani-Kaiowá, em Contagem – e com outras lutas e movimentos, foi realizado em quatro finais de semana o I Congresso da Frente Terra e Autonomia para avaliar sua breve trajetória e apontar novas perspectivas e orientações de atuação em suas lutas.



BREVE HISTÓRICO


Todo o Brasil se aqueceu depois das grandes jornadas de junho de 2013, numa onda de inquietação social, revolta popular e mobilização. Desse contexto de mobilizações e articulações dos movimentos sociais de esquerda, coletivos e pessoas, nasceram situações e momentos que possibilitaram o surgimento de novas articulações, novas relações e iniciativas. Particularmente a orientação libertária de luta se reaqueceu em todo o Brasil, e mais precisamente em Belo Horizonte ela se aproximou da luta por moradia nas ocupações urbanas que existem na região metropolitana da capital.

Manifesto da Frente Terra e Autonomia

Companheiras e companheiro de luta, abaixo apresentamos o Manifesto da FTA, que é o documento em que nos apresentamos e que traça o nosso posicionamento na luta em que nos inserimos.

***

Vivemos em uma sociedade que transforma as diferenças em desigualdades. Essa sociedade é fundamentada em um histórico de opressões, que resultaram em um contexto permeado por desigualdades econômicas, sociais e políticas. A imposição de hierarquizações culturais, étnicas, de gênero e orientação sexual são mantidas e potencializadas pelos sistemas político e econômico de natureza capitalista. Essas opressões são diariamente combatidas por pessoas que sofrem diretamente com tais consequências, e é nesse sentido antiautoritário que a FTA se constitui, se organiza e atua.

A democracia representativa vende a ideia de que o Estado é a expressão do povo e orientado por decisões populares. No entanto, o aparelho Estatal é impróprio na medida em que subtrai da sociedade o debate, o entendimento e a capacidade decisória dos rumos de nossas próprias vidas, seja no que tange a ação individual ou coletiva. Na prática, o que acontece é que o Estado serve à manutenção de interesses e privilégios daqueles que detêm instrumentos de dominação econômica, política e simbólica. A consequência prática dessa dominação é o autoritarismo. Sendo o autoritarismo a neutralização das capacidades e condições das pessoas na construção dos rumos de suas vidas e da sociedade, nos opomos a todas as estruturas e relações que nele se baseiam.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Campanha de doação e o velório do Bahia




Com profunda tristeza, anunciamos e convidamos toda a rede de apoio das ocupações urbanas de Belo Horizonte para o Velório do companheiro Bahia, um dos maiores guerreiros da luta por moradia própria, digna e adequada, por reforma urbana e justiça social. O corpo de Bahia deve chegar à Ocupação Vitória hoje, quarta-feira, às 13h, e o velório se estende até às 21h.

Haverá um ato de homenagem às 16h e outro às 20 h. Às 21h o corpo deve ser levado da Ocupação Vitória por um carro funerário para ser sepultado na cidade de Paulo Afonso, Bahia. O Bahia voltará para a Bahia, grande sonho da mãe dele.

Às 14h o povo da Ocupação Rosa Leão sai em marcha – passando pela Ocupação Esperança, que se junta à caminhada – para chegar à Ocupação Vitória por volta das 15h30. É o encontro das ocupações de Izidora para a celebração do guerreiro Bahia.

Esperamos a maior representação possível de todas as Ocupações de BH e RMBH. Venham consolar os aflitos!

Um pedaço de nós morreu com Bahia, porém aquilo que é vivo em nós se fortalece nesta dor. Não será inútil o sacrifício deste amigo e companheiro.

Agora, PRECISAMOS DE APOIO para doações. Os custos do velório estão em torno de R$ 10 mil, incluindo o translado do corpo e passagens de familiares. Seguem os dados:

Depósito ou transferência

Banco: Caixa Econômica

Agência: 1667

Operação 003

Conta Corrente: 1811-7

Nome: Centro de Cooperação Comunitária e Popular – Casa Palmares

CNPJ: 12.528.103/0001-08

A tarde mais triste. Companheiro Bahia assassinado. BH, 31/03/2015

Com profunda tristeza, compartilhamos a nota de falecimento do companheiro Bahia, morador da ocupação Vitória-Izidora, assassinado na tarde de ontem por especuladores infiltrados na ocupação, publicada no blog do Frei Gilvander.



Hoje, 31 de março de 2015, a tarde mais triste das ocupações da região da Isidora, em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG. Morreu Manoel Ramos, o Bahia, coordenador da Ocupação Vitória e valoroso militante da luta das famílias sem-teto da capital de Minas Gerais e da Região Metropolitana de BH. Por volta das 15:00h o Bahia foi assassinado a golpes de machado e facão por oportunistas infiltrados na comunidade Vitória, indivíduos que pretendiam lucrar com a luta de milhares de famílias que lutam aguerridamente por moradia própria, digna e adequada. Bahia tombou no lugar onde sonhou viver, um sonho que não era só dele, mas compartilhado por milhares de famílias que desejam se libertarem do aluguel e da humilhação de sobreviver de favor; um sonho de outras tantas pessoas, dentro ou fora das ocupações, que assumem o compromisso de construir uma cidade onde caibam todos e todas.

Bahia foi morto por se opor à venda de espaços dentro da ocupação, por procurar garantir que aquela comunidade acolhesse apenas aqueles e aquelas que realmente necessitam de teto. Morreu por ser justo e por fazer do princípio da igualdade seu maior estandarte. Foi vítima da cobiça intolerável de poucos, da intransigência dos poderes públicos em construir uma solução justa, pacífica, negociada e rápida para o maior conflito social urbano do Brasil, hoje instalado na Região do Isidora. Foi a ausência de uma política efetiva de Reforma Urbana que fez do Bahia uma vítima, e nos privou a todos da presença deste gigante em coragem e generosidade.

Bahia era há meses vítima de ameaças, por seguir as determinações coletivas que impedem a venda de lotes em áreas ocupadas. Também foi sobrevivente de um atentado contra sua vida executado por PMs, fato que quase o levou à morte, isso por se opor às violações de direitos promovidas por policiais militares contra os moradores da Ocupação Vitória. Bahia nunca se intimidou. Seguiu lutando, denunciando e construindo o futuro de milhares. Um futuro que lhe pertence e que lhe foi negado.

Um pedaço de nós morreu com Bahia, porém aquilo que é vivo em nós se fortalece nesta dor. Não será inútil o sacrifício deste amigo e companheiro. Bahia morreu por defender a justa luta por dignidade, por uma cidade aberta, na qual todos/as e cada um/a possam conviver em plenitude. Diante de um gesto de tanta coragem, não temos o direito de desistir. Devemos levar às últimas consequências o exemplo deste extraordinário ser humano. Devemos lutar, resistir e vencer, coletivamente. 

Se tentaram, pelo medo, impor uma ordem injusta, será pela coragem de moradores/as, apoiadores/as e organizações que prevalecerá a igualdade e a Vitória. Seguiremos combatendo toda e qualquer tentativa de utilização indevida da luta de tantos e tantas.

Cabe aos governos evitar que esta situação se repita, e que de uma vez por todas garanta o direito de todas as famílias sem-teto das ocupações urbanas de Minas Gerais.

Não toleramos mais pagar com sangue a intransigência dos governantes, a insensibilidade do judiciário e os interesses dos empresários.

A tarde mais triste nos desola. Esta noite choramos sobre o corpo de um de nós. Amanhã nos daremos conta que estamos vivos, e que o tributo cobrado pelo que tombou, é a marcha firme dos que vivem. Nos manteremos sempre de pé.

Companheiro Bahia. PRESENTE!

Belo Horizonte, MG, Brasil, 31 de março de 2015.

Assinam essa Nota,
Brigadas Populares;
Comissão Pastoral da Terra (CPT);
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB);
Coordenação das Ocupações Vitória, Esperança e Rosa Leão
e Rede de Apoio.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Periferia ocupa a cidade! Reforma Urbana de Verdade!

Estivemos presentes ontem no ato nacional Periferia ocupa a cidade! Reforma Urbana de Verdade!, com as ocupações Guarani-Kaiowá, William Rosa e Dandara, em dois pontos dos seis trancados na região metropolitana.

Segue nota conjunta e algumas fotos da manifestação.

Trancamento da BR-040 neste dia 18/03/2015:
Nem governismo, nem direita: Ação-direta!
Ato Nacional
Periferia ocupa a cidade! Reforma Urbana de Verdade!

De 13 estados do Brasil, 18 de março de 2015.

As cidades, espaços de vida da maioria do povo brasileiro, são historicamente produzidas e reproduzidas pelo manto do capital imobiliário, segundo interesses das elites políticas e econômicas, fortalecendo a segregação urbana e a desigualdade social. Milhões de pessoas, trabalhadores e trabalhadoras, constroem coletivamente as cidades, mas são privadas de exercitarem os direitos mais elementares no espaço urbano e sofrem violências diversas do Estado.

Aniversário de 2 anos da Ocupação Guarani-Kaiowá

Fotos da festa de aniversário de dois anos de luta e resistência da Ocupação Guarani-Kaiowá.






sexta-feira, 6 de março de 2015

2 anos de Ocupação Guarani-Kaiowá!

Texto publicado no PAPO-RETO! #4, março de 2015.



No dia 9 de março a ocupação GK completa 2 anos de resistência.

São 2 anos de assembleias, de reuniões, de conflitos, de solidariedade, de construção… de suor e sangue… de emoções, alegrias e tensões.

Se ainda estamos no terreno é por que nossa luta tem valor! A comunidade segue na luta!

E dessa luta, construímos também 2 anos de aprendizado…

… de que é possível construir um mundo melhor a partir da nossa vida…

… que unida, nossa comunidade tem muita força e capacidade…

… e que podemos resolver nossos problemas e nos fortalecer através da conversa…

… que um mundo melhor é possível, e que podemos trabalhar pra que ele aconteça…
… de muitos outros.

Que a comunidade continue, anos e anos mais, construindo a esperança de um mundo onde caibamos todas e todos!

Ocupação Guarani-Kaiowá é de luta!!!

Crise da água: a culpa é nossa?

Texto publicado no PAPO-RETO! #4, março de 2015.

Com essa crise da água não tem como a gente ficar tranquilo, ainda mais porque existe o perigo de faltar água em casa por dias. A COPASA, o governo e a mídia estão tentando jogar a culpa nas costas do povo trabalhador, falando dos nossos banhos, de quando vamos escovar os dentes ou mesmo lavar a louça. Além de jogar a culpa no povo, ainda elaboram planos de racionamento, aumento da conta e criação de multas para o povo, despejando sobre a gente a responsabilidade de "economizar" a água de modo forçado.

Enquanto tentam jogar essa culpa nas nossas costas, eles não falam nada das mineradoras, do agronegócio, da indústria e da destruição da natureza nos locais que esses negócios estão presentes, os verdadeiros culpados dessa crise hídrica.

Estamos sofrendo com a ação de mineradoras, que atacam a natureza, poluem e gastam milhões de litros de água nos minerodutos*. Isso interfere diretamente nos lençóis freáticos e na mudança drástica do clima das cidades. Enquanto isso, 60% do desperdício da água é só do agronegócio, que utiliza 70% da água tratada do Brasil, sendo 22% utilizada pela indústria e apenas 8% pelo consumo domiciliar.

Ou seja, quando o governo fala em 'desperdício' da população, além de não falar do agronegócio, ele fala num consumo muito pequeno que é o residencial; quando o governo impõe um racionamento de água ao povo trabalhador, ele simplesmente ignora os outros 98% de água que são utilizadas à vontade pelo agronegócio e pela indústria.

Desmatam nossas florestas, acabam com as áreas verdes das cidades, secam os lençóis freáticos e as nascentes dos rios, poluem os rios e ainda deixam 90% da água tratada para o agronegócio, a indústria, a mineração, e não para o povo: desse jeito não tem ninguém que aguente.

Não podemos cair nessas mentiras! O problema aqui não é o banho de 20 ou de 5 minutos: é a ganância, o lucro, a desigualdade: o problema se chama capitalismo. No capitalismo, não há respeito à natureza e ao povo trabalhador.




* Correção (06/03/2015, 14:25): na publicação original, publicamos como gasoduto, quando na verdade são minerodutos.

Auxílio-moradia para deputado é absurdo!

Texto publicado no PAPO-RETO! #4, março de 2015.

Nesse mês de fevereiro os Deputados Estaduais (vários do PT, que dizem estar do nosso lado) cometeram o absurdo de aprovarem um “auxílio-moradia” pra eles mesmos. Além de receberem um salário de 25 mil reais e mais 20 mil de verba indenizatória, um total de 40 mil por mês, os deputados de Minas Gerais irão receber mais 5 mil reais desse tal “auxílio moradia”. Será que com um salário desses eles estão mesmo precisando?

Essa ajuda para a “moradia” deles deve dar um prejuízo de 127 milhões aos cofres públicos só esse ano, se juntarmos com o que os juízes e desembargadores do Estado recebem também, e é mais do que o Estado de Minas gastou com casas populares em 2014! Com essa grana daria pra construir 2.500 moradias populares em 2015.

Pior da história é que além de muitos deputados morarem em apartamentos luxuosos perto da Assembleia Legislativa (bairro nobre da capital), só na Grande BH mais de 150 mil famílias moram de favor ou no aperto, gastando mais da metade dos baixos salários com aluguel. Minas Gerais é o segundo estado do Brasil que mais falta casa, com quase 557 mil famílias sem-teto.

Será que com um salário desses e uma regalia dessas os políticos sabem do que precisa o povo das ocupações? Não! Como sempre, o Estado está pouco se lixando para os nossos problemas, e se depender deles, nós vivemos na masmorra.

É por isso que o povo se organiza ocupando imóveis abandonados e resistindo. Graças à organização popular, hoje as OCUPAÇÕES URBANAS abrigam mais de 25 mil famílias.

E é o povo de ocupação que está se manifestando contra essa injustiça: há cerca de uma semana o povo da ocupação William Rosa (Contagem) fez uma manifestação na Assembléia Legislativa.

Somemos força na luta por justiça!!!